O cristão e a política
Como o cristão deve comportar-se nas eleições?
Tem-se falado muito sobre o peso que tem a comunidade evangélica e que o voto do cristão pode ajudar a decidir uma eleição.
Não se pode esquecer de uma verdade: o voto no Brasil é um direito e ao mesmo tempo uma obrigação, instituído por lei, cuja vigilância e regulamentação cabe à Justiça Eleitoral.
É um direito porque todo brasileiro com plena capacidade política pode escolher os representantes e de candidatar-se a cargos eletivos, como prefeito, vereadores, dentre outros. É uma obrigação porque todos os brasileiros alfabetizados, maiores de 18 (dezoito) e menores de 70 (setenta) anos são obrigados a votar.
Nós cristãos somos pequenos Cristos, logo devemos pensar e agir como ele, que certa vez disse: “Eu vim para cumprir a Lei, não para abolir”. Então, nas eleições os cristãos devem agir da seguinte forma: “Em meus passos o que faria Jesus?”.
Certamente Jesus:
- Não venderia seu voto;
- Não votaria por interesse particular, como conseguir um cargo público para si ou para outrem;
- Não espalharia fake news, ou seja, notícias mentirosas para beneficiar um candidato em detrimento a outro. Lembre-se: Quem é o pai da mentira?
- Não poluiria a cidade com faixas, placas, cartazes, pinturas em propriedade particular e nem colaria adesivo ou papel em muros e portões sem autorização do proprietário;
- Não concordaria com pastor ou qualquer outro líder religioso que induza/obriga os fiéis a votarem num candidato, comprometendo à livre convicções políticas do eleitor;
- Não aceitaria que o púlpito das igrejas fossem usados como palanque político.
Todo povo tem o político que merece. Não nos esqueçamos do que prevê Provérbios 29:2: “Quando os justos governam, o povo se alegra; quando os perversos estão no poder, o povo geme”.
Que os cristãos possam dar testemunho e comportar-se bem nas eleições que se aproximam.
(Carlos Alberto Betinho) Especialista em Direito
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